Os professores e técnicos administrativos da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) promoveram ato em frente a universidade na manhã desta quinta-feira, 28, iniciando a greve na instituição. Eles reivindicam reajuste para as categorias, melhorias para as universidades federais, além de criticar os cortes promovidos pelo Governo Federal para a educação no ajuste fiscal.
Segundo o coordenador de Administração do Sindicato Estadual dos Trabalhadores em Educação do Ensino Superior do Rio Grande do Norte (Sintest/RN), Giorgio Mendes Ribeiro, a luta é pela defesa da educação, principalmente as universidades federais, que tem tido cortes nos repasses provocando atraso nas obras.
“Estamos lutando por uma educação melhor, principalmente nas universidades federais. Os cortes que vem ocorrendo ultimamente têm sufocado as instituições acarretando atraso nas obras e demissão nessas repartições”, disse o coordenador.
Giorgio Mendes revelou que 30 funcionários de empresas terceirizadas, que prestam serviços a Ufersa, foram demitidos devido a diminuição dos repasses para a universidade, além de algumas obras estarem paralisadas. “Com estes cortes nos repasses para as universidades as obras começam a ter atraso e/ou ficam paradas, além de demissões que vem acontecendo na instituição de funcionários de empresas terceirizadas. Temos informações de que 30 deles já perderam o emprego”.
Ele ainda acrescenta que alguns serviços essenciais têm sido prejudicados por esta situação, como o caso da limpeza. Segundo Giorgio, está havendo um rodízio na limpeza dos prédios. “Com o corte de alguns terceirizados o serviço de limpeza da instituição tem sido afetado. Está havendo um rodízio na limpeza dos prédios”.
Tirando do bolso
Giorgio Mendes informou a reportagem que alguns professores tem tirado dinheiro do próprio bolso para dar algumas aulas práticas o que tem deixado docentes irritados com a situação. “Nós recebemos relatos de professores que estão tirando dinheiro do bolso para dar aulas práticas pela situação vivida pela universidade”.
Reajuste da categoria
Uma das principais pautas reivindicadas pela categoria é o reajuste dos professores. De acordo com Giorgio Mendes, eles pedem 27% e que o último aumento ocorreu em 2012 de 15%, mas mesmo assim, dividido em três parcelas. Ele enfatiza a defasagem ao qual passa os vencimentos dos docentes.
“Nosso último reajuste foi em 2012 de 15%, sendo dividido em três vezes nos anos de 2012, 2013 e 2014. Somente no primeiro ano a inflação comeu esse reajuste e os salários ficaram defasados”, disse.
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