A partir dessa quinta-feira, 08, a rotina dos servidores técnico-administrativos volta à normalidade. É que a categoria acatou retornar ao trabalho após quatro meses e nove dias em greve. A decisão foi tomada em comum acordo com o Comando Nacional da FASUBRA. A recomendação é que os técnico-administrativos façam uma força tarefa para colocar as atividades acumuladas em dia, porém não há recomendação para reposição dos dias parados uma vez que a greve foi considerada legal. A decisão pelo retorno das atividades foi tirada em assembleia realizada na Ufersa Mossoró, nesta terça-feira, 06, quando 65 servidores optaram por retornar nessa quinta-feira, dia 08, contra 27 que queriam retornar apenas no dia 13, após o feriado. Outros 05 se abstiveram da votação.

Apesar da pouca conquista no que diz respeito a reposição salarial, os técnico-administrativos avaliaram a greve como positiva. A paralisação foi a maior da história da Esam/Ufersa, bem como da Fasubra. Os ganhos foram nos auxílios alimentação, creche e saúde e no que diz a reposição salarial ficou bem abaixo do esperado com reajuste de 10,8% dividido em duas vezes, com a primeira a partir de agosto de 2016.

Sem a assinatura do acordo com o Governo os prejuízos da categoria seriam bem maiores. Os servidores de nível superior (Categoria “E”), por exemplo,  ficariam com uma perda salarial acumulada de 23,52%, contra 3,61% com a assinatura. Já os servidores de nível médio (Categoria “D”), o percentual de perda salarial acumulada caiu de 31,12% para 16,20%.

Para Francimar Honorato, coordenador da Delegacia do SINTEST-Mossoró, a greve na Ufersa foi o maior exemplo democrático da história da instituição. “Foram mais 20 assembleias com auditórios lotados, manifestações com ações externas, inclusive, fora de Mossoró, e mais de trinta reuniões do Comando Local, além de reivindicações de uma pauta interna com muitas conquistas”, avaliou.

Outra conquista, ora em andamento, é a real possibilidade da implantação do turno contínuo na Universidade. Os estudos já estão sendo viabilizados por setor. “Temos uma comissão permanente trabalhando e estudando a flexibilidade de cada setor”, afirmou Elisangela André, integrante da Comissão do Turno Contínuo. A Comissão parte de dois princípios básicos: o atendimento ao público das 8 às 21h e o número de servidores da cada setor. A previsão é de que ainda esse mês a Minuta do Turno Contínuo seja apreciada pelo Conselho Universitário. A criação da Assessoria de Comunicação, uma sala de descanso para os servidores de Pau dos Ferros e a ampliação de vagas nos programas de pós-graduação foram também conquistas da greve.


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